terça-feira, 30 de agosto de 2011

ONA lança Selo de Qualificação e Manual dos Serviços para a Saúde ainda em 2011

O manual para avaliação e certificação dos Serviços para a Saúde - Selo de Qualificação ONA, Organização Nacional de Acreditação, está em fase de conclusão e a previsão é que seja disponibilizado entre outubro e novembro próximo. O novo instrumento é dirigido aos serviços de apoio às organizações prestadoras de serviços para a saúde (OPSS), como os serviços de processamento de roupas para serviços de saúde; serviços de esterilização e de reprocessamento de materiais; serviços de manipulação de drogas antineoplásticas e de dietas parenterais e serviços de dietoterapia.
Para obter o Selo de Qualificação ONA - que terá validade de um ano – os serviços devem atender aos requisitos de elegibilidade: se enquadrar no conceito de Serviços para a Saúde, conforme determina a Norma para o Processo de Avaliação específica; estar legalmente constituído há pelo menos um ano; possuir CNPJ distinto de qualquer OPSS; possuir alvará de funcionamento; licença sanitária; licenças pertinentes à natureza das atividades; registro do responsável técnico, conforme o perfil do Serviço para a Saúde (SPS); e ter a estrutura e processamento do produto totalmente independente da organização prestadora de serviços de saúde do cliente.
O novo instrumento de avaliação foi desenvolvido por um Comitê Técnico formado por profissionais com experiência em acreditação na área de saúde e ficou disponível para consulta pública, no portal da ONA, o que representa um modelo participativo nesse processo. O resultado da consulta, que recebeu 54 contribuições, serviu para consolidar o manual e desenvolver as Normas para o Processo de Avaliação (NAs) desses serviços.
O instrumento de avaliação para o Selo de Qualificação ONA é composto de seções e subseções, onde para cada subseção existe um padrão – que têm como princípio a Gestão com Foco na Segurança - que deve ser integralmente atendido. O Manual Brasileiro de Acreditação para o Selo de Qualificação ONA inclui quatro seções - Gestão e Liderança; Processamento e Liberação; Apoio; e Infraestrutura – permitindo que a organização seja avaliada com consistência sistêmica. As subseções tratam do escopo específico de cada serviço ou processo, atribuindo a todos o mesmo grau de importância dentro do sistema de avaliação.
O Selo de Qualificação ONA, se constitui em um método de avaliação periódico e reservado que, apesar de voluntário, busca assegurar a qualidade do serviço por meio de padrões previamente definidos, caracterizando-se, essencialmente, como um programa de educação continuada. O manual a ser lançado em breve é o 3º Volume da Coleção Manual Brasileiro de Acreditação ONA, que hoje conta com o Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde (Volume 1) e com o Manual de Programas de Saúde e Prevenção de Riscos (Volume 2). O novo instrumento de avaliação é também uma evidência concreta de progresso e vigor do Sistema Brasileiro de Acreditação em poucos anos de aplicação da metodologia, associando consistência técnica, reconhecimento e credibilidade pública.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Clima Organizacional na Saúde

José Renato Condursi Paranhos
Atualmente, as pessoas são consideradas uma das partes mais importantes de uma organização. Tanto a moderna literatura científica como os meios administrativo e econômico entendem essa força como a constituição primordial de uma empresa, denominando-a de
capital intelectual.
Contudo, ao se analisar que organizações são constituídas por pessoas, deve-se também considerar o fato de que esses seres possuem necessidades sociais e são dotadas de percepções, sentimentos e idéias. A maneira como as pessoas interagem geram resultados e conseqüências em suas atividades cotidianas, interferindo de modo preponderante na forma como executam seu trabalho e se relacionam com as instituições as quais estão vinculadas.
Diante do que fora exposto, as organizações devem estar alertas para tal situação e tentar compreendê-la, para que assim, possam se manter em posição competitiva e sobreviver aos desafios impostos por um mercado cada vez mais exigente. Em resposta a esse contexto,se criou o uso da Pesquisa de Clima Organizacional como uma ferramenta eficiente, capaz de mensurar uma variável abstrata e, que se tratada da forma correta contribui para o bom funcionamento das empresas.
A Pesquisa de Clima Organizacional irá avaliar um conjunto de características do ambiente percebida pelos indivíduos nele inseridos, interferindo no modo como estes se comportam em relação ao seu trabalho.
O relacionamento entre empresas e funcionários ainda é um fator que não apresenta esforços significativos, quando este é tratado em comparação ao relacionamento empresa-cliente.
Como maneira de intervir de forma positiva nessa situação vem a Pesquisa de Clima Organizacional, visto que a mesma possui a capacidade de identificar itens
que prejudicam o funcionamento eficiente de uma instituição no que tange a questão ‘Colaboradores’.
O clima organizacional é a propriedade percebida pelo colaborador no seu ambiente de trabalho, ou seja, é aquilo que as pessoas acreditam que esteja ocorrendo em seus locais de trabalho, influenciando diretamente no modo como os mesmo se comportam em relação a este e às demais pessoas nele inseridas,assim  pode-se afirmar que com um clima organizacional favorável, tanto empresas como funcionários são favorecidos, ao passo que, se este for desfavorável todos perderão.
A construção de um Clima Organizacional saudável é tarefa de toda a organização e a consolidação da mesma dá ao colaborador uma sensação de maior comprometimento para com a empresa, o que faz com que o mesmo se sinta mais motivado e tenha uma maior
sensação de pertencimento à instituição a qual exerce suas funções.E você já respondeu a pesquisa de clima?E com o resultado tive um plano de ação?O que o hospital ou empresa que você trabalha esta fazendo para melhorar o clima organizacional?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Fidelizar clientes é um desafio na Saúde

Os hospitais particulares estão ganhando cada vez mais sua merecida importância no sistema de saúde brasileiro, pois sabemos da decadência do poder público nesse setor. E para vencer nesse mercado é preciso desenvolver um diferencial capaz de fidelizar aqueles que por alguma eventualidade precisarem da assistência médica específica ao seu caso. O que fazer para que todas ocasiões de emergências, fatalidades ou pequenos males a pessoas logo procure o seu hospital? Qual seria o diferencial de um hospital poderia ter em relação aos outros?
Primeiramente, vamos analisar o contato, paciente – hospital, podemos considerar até o mais importante, pois é neste momento que a organização recebe o seu cliente e pode  decepcionar ou agradá-lo. A recepcionista deva está preparada emocionalmente para se deparar com vários casos, pois as pessoas que procuram este segmento estão, em muitos casos, incomodadas com algum tipo de ‘’ dor ‘’ e necessitam imediatamente ser curadas. O colaborador         que exerce esta função deva recepcionar com cordialidade, total ética e com simpatia.
Imagine chegar a um hospital com uma alergia que o deixa totalmente zangado e com constrangimentos, porém você se depara com uma recepcionista que parece que comeu suchi estragado, que não lhe atende com atenção e mal lhe deseja uma boa noite. Sua reação vai ser de desconforto, parece que sua dor aumenta e finalmente sua face começa a ficar enrugada. A conseqüência é clara, essa pessoa nunca mais pisará neste hospital. Qual tipo de atendimento ideal que seu cliente está realmente necessitando?
Eu em particular sugiro:
- Atender começando com um bom dia, boa tarde ou boa noite e só depois dizer em que posso ajudá-lo? Nunca fale ‘’ Pois não ‘’ Palavras negativas são inapropriadas.
- Atenda com um sorriso mostre a pessoa que você está pronta para pestar um excelente atendimento.
- Procure sempre atender de forma a cativar a pessoa, ter excelente comunicação verbal, sem pressa para falar e evitar a palavra ‘’ não ‘’.
- Ao final do atendimento ofereça um cafezinho, água ou chá caso não tiver seja cortês pedindo a pessoa ‘’ por gentileza, poderia aguardar um pouco, logo chamarei o Sr ou Sra. para ser atendido? ‘’. Finalize com um sorriso e dizendo muito obrigado.
Empresas médicas devam se preocupar primordialmente pela qualidade do atendimento, humanizando filas, evitar demoras no atendimento e menos burocracias. Quando procuramos um hospital ou clínica buscamos pela qualidade no atendimento do médico/recepcionista, ambiente seguro e saudável, conforto e principalmente a paz, sempre buscando a cura definitiva para o problema de saúde.
Agora em relação ao que fazer para que a pessoa que veio a sua clínica ou hospital seja sempre fiel a sua empresa.
São 3 fatores que fidelizam clientes neste ramo:
Atendimento (Recepção): sempre agradável; cortês; simpático, as vezes terá que ser compreensivo em alguma situação; disponibilizar alguma leitura para que o paciente leia enquanto não atendido pelo médico.
Atendimento (Médico): imparcial; agradável, sem aquela cara que não dormiu a 3 noites; empreendedor, fazendo com que o cliente se encante com o seu atendimento e hospitalidade; se possível imprima alguma cartilha que faça com que a pessoa evite esse tipo de doença, assim estará pensando na saúde do paciente no hoje e no amanhã.
Ambiente: sempre transmitindo paz, tranqüilidade; coloque um som que transmita a paz como som de águas, pássaros ou mesmo algum tipo de música que transpire a serenidade; evite barulhos.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

"Acreditação em Saúde" de excelência e qualidade não são obtidas apenas por atos, mas por hábitos.


Com 13 anos de funcionamento, o Hospital Geral Barra D’Or, instituição privada instalada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é considerado pelos especialistas como um exemplo de sucesso entre os hospitais acreditados. Um dos resultados concretos obtidos após a adesão aos protocolos estabelecidos pela acreditação foi a diminuição dos indices de infecção e também foi observada melhora de resultados clinicos com menor tempo de internação. Com isso o gasto do paciente em termos financeiro teve uma diminuição na ordem de 40%.
Esse é um dos exemplos dos resultados das boas práticas adotadas pelo Barra D’Or. O processo de acreditação teve início em 2005 e hoje o hospital conta com a certificação da ONA, Nível 3, além da International Accreditation Canada, ambas revalidadas no ano passado. Segundo sua diretora geral, Martha Savedra, independentemente da certificação, o que o hospital está buscando é o aprimoramento dos processos e sua revisão constante, com o objetivo de garantir qualidade de assistência e, consequentemente, diminuir os riscos para os pacientes.
“A acreditação hospitalar não está validando um produto final, mas as boas práticas médicas, o controle interno, além de verificar se existe um modelo de gestão comprometido com isso, de forma a aumentar a possibilidade de bons resultados finais e de garantir a segurança do paciente”, analisa a médica. “O que se busca com a certificação é melhorar a qualidade e a segurança dos serviços prestados”.
Na sua avaliação, excelência e qualidade não são obtidas apenas por atos, mas por hábitos que devem ser consolidados a partir de uma cultura estabelecida pela instituição acreditada. “Em síntese, é isso que a certificação faz: a instituição acreditada está o tempo todo tentando melhorar seus índices e isso envolve desde o funcionário da limpeza até o neurocirurgião mais renomado. Ou seja, a gestão de qualidade para se obter e manter a acreditação hospitalar tem que ser multiprofissional e não o trabalho de uma pessoa só”, resume Martha Savedra.
A partir do controle e acompanhamento de todas as práticas estabelecidos pelo modelo de gestão, segundo ela, um hospital acreditado tem a capacidade de conhecer a epidemiologia do seu paciente e desenhar protocolos específicos para esses atendimentos. “Se o perfil da clientela é de idosos, por exemplo, provavelmente haverá uma maior incidência de problemas respiratórios e é preciso focar a atenção na prevenção de complicações comuns nesses pacientes, entre as quais a infecção hospitalar,” ensina a dirigente do Barra D’Or. “Isso é possível com a criação de uma cultura que busque a melhora continua do atendimento, o aprimoramento dos processos e o monitoramento constante dos procedimentos, resultando também na racionalização dos recursos e na melhora da relação custo-benefício.”
O melhor desempenho não beneficia apenas o hospital mas se reflete também nos custos para o paciente que, com menos tempo de internação, gastará menos com o tratamento. “O importante é enraizar o conceito de que todos ganham com isso”, avalia a médica. “É bom para o paciente, para a instituição, para o profissional e para a medicina, na medida que se reflete positivamente no serviço prestado com conhecimento e segurança na aplicação de novas práticas.”
No caso do Barra D’Or, Martha Savedra confirma os bons resultados apresentando números que demonstram a redução das ocorrências de infecção hospitalar e outras complicações, conforme gráficos ilustrativos. “Quando você cria protocolos e estabelece metas, buscando mecanismos para isso, melhora a qualidade na assistência e também obtém redução de gastos, inclusive com UTI, na medida que evita agravamento do quadro do doente”,

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tutela antecipada e o perigo de irreversibilidade na saúde

José Renato Condursi Paranhos
Muito tem sido discutido sobre a crescente demanda de procedimentos judiciais, tendo por objeto o fornecimento de medicamentos, a realização de cirurgias, dentre outros assuntos afeitos à área da saúde.
O tema tem sido constantemente discutido no Conselho Nacional de Justiça, também em  seminários e encontros.Ocorre que recentes decisões dos Tribunais de Justiça levantam algumas questões que, sem sombra de dúvidas, merecem um maior aprofundamento.
Mas, antes de se adentrar ao tema deste artigo, deve-se frisar que não se ataca aqui o mérito da questão, qual seja, a determinação da medida antecipatória da tutela. Analisa-se, sim, em especial, a motivação utilizada pelo Tribunal para fins de reconhecimento de situação de perigo de irreversibilidade da medida em caso de improcedência do pedido autoral.
Em relação ao direito, sabe-se que o deferimento da antecipação de tutela pressupõe o atendimento dos requisitos respectivos. E estes consistem em estar o juiz convencido da verossimilhança das alegações da parte ativa diante de prova inequívoca não bastando apenas a aparência de direito. E ainda é necessária a presença do periculum in mora e que a medida seja reversível.
O art. 273, § 2º, do CPC veda a concessão da antecipação da tutela, quando houver perigo de irreversibilidade do provimento.
Sendo assim acredito que os estudos processuais das tutelas de urgência necessitam ser repensados.
A tutela de urgência é o gênero de medida judicial na qual estão inseridos os provimentos da tutela cautelar, das diversas liminares, das tutelas antecipatórias e das inibitórias.
Neste ensaio falo especificamente sobre a flexibilização dos requisitos da tutela antecipada genérica especialmente do § 2º, do art. 273, do CPC e do perigo da concessão açodada desta, propondo a conjugação de princípios constitucionais para aperfeiçoamento da urgência.
A tutela antecipada atualmente é basicamente estudada em si mesma e segundo os planos meramente formais e processuais.
Proponho uma mudança de paradigma no estudo da tutela antecipada, principalmente, explorando o seu aspecto valorativo e sua adequação a Carta Magna.
Compreendo que, não pode o julgador ao apreciar os requisitos legais encetados no art. 273 do CPC se limitar a fazer uma "lista de checagem" ou uma "chamada oral" dos requisitos legais e simplesmente deferir ou indeferir o pleito requerido.
São necessárias interpretações valorativas, corretivas, proporcionais e razoáveis da norma processual civil, bem como das verificações das hipóteses e situações em que as tutelas de urgência podem ser concedidas sem a ouvida da parte adversa.
O processo deve ser estudado com base no plano valorativo e até mesmo sociológico.
O art. 273 do CPC necessita ser estudado com aplicação da interpretação corretiva como forma de aperfeiçoar a afetividade da antecipação.Agora é necessária uma analise valorativa da norma em relação aos seus requisitos diante dos ditames constitucionais.
Observa-se resumidamente os requisitos legais da tutela antecipada genérica (art. 273 do CPC), veja-se:
a) requerimento da parte;
b) prova inequívoca capaz de convencer o julgador da verossimilhança da alegação;
c) fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou caracterização do abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu; e,
d) inexistência de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
Processualmente todos os requisitos legais acima referidos têm o mesmo "peso", posto que o CPC não faz distinção entre eles, entretanto, no plano valorativo, creio que podem ser flexibilizados os rigores formais e processuais.
A valoração do julgador sobre os requisitos da tutela antecipatória deve partir dos limites da inexistência de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado diante da interpretação corretiva.
Sendo certo que inexiste no nosso ordenamento jurídico direito absoluto, também, pode-se afirmar que não há restrição ou limitação absoluta.
O CPC ensina que não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
Então, o que deve fazer o julgador quando a concessão da antecipação da tutela implicar em real irreversibilidade do provimento antecipado e não apenas o perigo exigido pela norma?
a) indeferir, de plano, o pedido de antecipação de tutela e cumprir a letra fria da lei;
b) ou, corrigir a limitação da regra e decidir pelo deferimento ou não do pleito com base em princípios constitucionais.
Compreendo que, na analise corretiva e valorativa dos requisitos da tutela antecipada deve o julgador priorizar a dignidade humana, o direito à vida  e os diretos da personalidade

sábado, 6 de agosto de 2011

Informática Médica

José Renato Condursi Paranhos
Como a medicina aumenta a sua complexidade (devido a novos métodos de investigação ou tratamento e à diversidade de organizações da saúde, pequenas clínicas, ambulatórios especializados, hospitais secundários e hospitais de alta complexidade, componentes estes que, para adequado suporte ao paciente, necessitam trabalhar em conjunção), a informática médica é um agente indispensável para a descentralização e a integração. Ela ajuda a superar as limitações humanas de memória ou processamento de informações (por exemplo, gerenciar complexos objetos médicos, como sinais ou imagens, reconstruir imagens, otimizar a dosagem de certos medicamentos, gerenciar grandes bases de conhecimento médico). Com a implementação das redes de comunicação, a informática médica ajuda a trazer o médico para mais perto do paciente (por exemplo, através da telemedicina) e facilita o acesso à informação necessária ao cuidado ótimo (por exemplo, através do acesso ao prontuário eletrônico do paciente, a bases de conhecimento, ao uso de sistemas especialistas ou à realização de trabalho cooperativo).
Cabe uma explicação sobre a utilização das expressões "informática médica" e "informática em saúde". Dado que a área abrange não só a medicina, mas também a enfermagem, a nutrição, a veterinária e a odontologia .
A invasão da tecnologia na nossa vida é inevitável. E, a partir de algum momento, começamos a achar inadmissível a sua ausência: por exemplo, reagimos quando, ao fazer compras em uma loja qualquer pela segunda vez, ela exige novamente nossos dados para um cadastro; quando o estabelecimento não aceita pagamento por cartão de crédito ou de débito; quando descobrimos que nosso telefone não é digital e só funciona com pulsos; ou, ainda, quando temos de "decifrar" a letra do médico para comprar o medicamento receitado.
Todos sofrem com as dificuldades relacionadas à informação (sua ausência, seu armazenamento, sua recuperação e seu entendimento): o profissional, o administrador, o paciente.
O profissional da saúde ainda tem de anotar em prontuários mal organizados e mal estruturados os dados de seus pacientes.E,o que é pior, tem de ler e entender as anotações dos colegas e interpretar os resultados dos exames que vieram do laboratório com padrões nem sempre bem definidos.
Os médicos também acabam  tendo problemas no gerenciamento das informações, inclusive:
    • Coletar as informações clínicas;
    • Trabalhar com probabilidades no raciocínio clínico;
    • Estabelecer comunicação precisa;
    • Manter-se atualizados;
    • Responder imediatamente às questões enquanto presta assistência;
Todas as tarefas elencadas poderiam ser auxiliadas por um sistema de gerenciamento de informações. No entanto, não basta introduzir essa ferramenta no dia-a-dia do profissional da saúde, pois existe a necessidade de educação na área de informática médica.
O profissional da saúde tem de ser cuidadosamente preparado para o exercício de sua profissão. Faz parte disso a compreensão do que é a informação, do significado que tem no contexto da sua atividade e de como ela altera seu processo cognitivo, bem como de onde buscá-la, como buscá-la e qual o impacto da sua utilização na solução de dúvidas e problemas sobre os quais esteja atuando. 
Por décadas, os computadores instalados em hospitais de todo o mundo tiveram como função primordial facilitar a geração dos documentos necessários para o reembolso pelo atendimento aos seus pacientes. Secundariamente, eram utilizados para automatizar a produção de relatórios de resultados de um grande volume de testes de emergência. Começando em meados dos anos 80, mudanças dramáticas, objetivando reduzir custos, ocorreram tanto na política de atendimento médico quanto na tecnologia, provocando importantes alterações no uso dos computadores em hospitais.
Hoje, os administradores podem ter acesso aos recursos necessários para administração e gerenciamento de seu hospital. Muitos hospitais já estão usando regras lógicas, visando a alertar os médicos e outros profissionais que neles atuam quando os padrões da assistência não estão sendo alcançados.
Os sistemas de informação hospitalar têm mudado de sistemas de contas a pagar e cobranças de pacientes para sistemas clínico-administrativos que executam, entre outros serviços, o gerenciamento da farmácia, dos laboratórios e da admissão de pacientes.
Atualmente, um Sistema de Informação Hospitalar (SIH) pode ser definido como um sistema computadorizado, desenhado para facilitar o gerenciamento de toda a informação administrativa e assistencial de um hospital. Embora exista uma série de SIHs no mercado internacional e alguns no mercado nacional, ainda são muito poucos os que conseguem se adequar às reais necessidades de suporte à saúde em um hospital.
Desde sua concepção, a principal missão dos sistemas de informação é dar assistência eficiente e com alta qualidade.
Sem um sistema adequado de informações, uma porção significativa dos recursos é gasta para criar, armazenar e recuperar as informações dos pacientes. Essas ações, realizadas de forma trabalhosa e redundante, freqüentemente exigem muito tempo e esforço para documentar as informações necessárias de modo a possibilitar que outros profissionais trabalhem com elas.
A indústria da assistência à saúde está sendo puxada e empurrada em todas as direções – por médicos, para aumentar a qualidade da assistência; por empresários, para diminuir os custos e melhorar a estabilidade financeira de suas empresas; pelas agências legais e de regulamentação que, para fins de auditoria, forçam os hospitais a produzir detalhada documentação de seus procedimentos; e pela academia, para prover dados para a pesquisa e aumentar as oportunidades para a educação. Os sistemas de informação em saúde situam-se no meio de todas essas demandas.
Estimar os custos de instalação e operação de um Sistema de Informação Hospitalar e ainda a evolução desses custos é uma tarefa difícil. Mesmo os hospitais que fazem uso extensivo da tecnologia da informação ainda estão com seus sistemas de informação em fase de desenvolvimento – e sempre estarão. Os Sistemas de Informação Hospitalar são sistemas vivos, que têm de acompanhar permanentemente as tendências do planejamento estratégico institucional e, assim, refletir a identidade da instituição. É por isso que a solução simplista de "comprar um sistema pronto" é fácil, mas ineficiente.
Existem alguns sistemas de informação disponíveis em mercado e uma série de outros vem sendo desenvolvida em laboratórios, prometendo trazer avanços nos próximos anos.O que existe são vários sistemas, com diferentes tecnologias, que na maioria das vezes não "conversam" entre si. Hoje, o desafio é, antes de mais nada, a interoperabilidade dos sistemas.
O paciente ficaria bem mais tranqüilo se houvesse garantia de que, ao necessitar de uma internação, a equipe de atendimento do hospital fosse alertada sobre sua alergia à penicilina.
A qualidade da assistência de um hospital pode ser imensamente beneficiada quando seu sistema de informação for acoplado aos chamados Sistemas de Apoio à Decisão (SAD). Um dos mais importantes tipos de SAD, incorporados em SIHs são os sistemas de alerta – ou seja, os sistemas que informam sempre que alguma atividade estiver em desacordo com uma base de conhecimento preestabelecida.
Os sistemas de apoio à decisão e as bases de conhecimento médico têm sido desenvolvidos em paralelo com os sistemas de informação, sendo que os primeiros resultados do uso de tais sistemas têm demonstrado que eles facilitam o processo de tomada de decisão médica e melhoram a qualidade da assistência em saúde.

Congresso Nacional de Hospitais: venha compartilhar experiências com experts em gestão de saúde‏

Congresso Nacional de Hospitais Privados
A Importância dos Hospitais Privados na Saúde: Hoje e Amanhã

A ANAHP - Associação Nacional de Hospitais Privados e a HOSPITALAR Feira e Fórum promovem um grande evento dirigido a administradores de hospitais privados e públicos, médicos, lideranças setoriais, profissionais da área e organismos governamentais envolvidos com planejamento e políticas de saúde
Será uma grande oportunidade para profissionais debaterem, com representantes dos maiores hospitais do Brasil, palestrantes nacionais e internacionais, novas e inovadoras políticas de gestão e administração de saúde.
 Tema: A Importância dos Hospitais Privados na Saúde: Hoje e Amanhã
 Data:          28 de setembro – das 9h às 18h
                   29 de setembro – das 9h às 17h30
                   30 de setembro – das 8h às 14h

 Local: Hotel Unique - Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 4700 -  Jardim Paulista – São Paulo
O 1º Congresso Nacional de Hospitais Privados é um evento oficial da Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP, promovido em cooperação com a HOSPITALAR Feira e Fórum.
Maiores informações http://www.cnhp.com.br/

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quem vai pagar a conta? Planos de saúde terão de cobrir exames e cirurgias modernas

José Renato Condursi Paranhos
A ANS incluiu 66 procedimentos e três alterações que vão favorecer os consumidores a partir de janeiro de 2012.
Uma forma de coibir que aperadoras venham a recusar a cobertura dos procedimentos ,a ANS estabeleceu uma multa que varia de R$ 30 mil a R$ 80 mil .
Com esta ampliação da cobertura as operadoras devem aumentar o valor dos novos planos de saúde, pois nada sai de graça alguém tem que pagar a conta e de certo será o próprio consumidor.
Lista com novos itens de cobertura obrigatória:
1. Bloqueio anestésico de plexos nervosos (lombossacro, braquial, cervical) para tratamento de dor;
2. Angiotomografia coronariana (com diretriz de utilização);
3. Esofagorrafia torácica por videotoracoscopia;
4. Reintervenção sobre a transição esôfago gástrica por videolaparoscopia;
5. Tratamento cirúrgico do megaesofago por videolaparoscopia;
6. Gastrectomia com ou sem vagotomia/ com ou sem linfadenectomia por videolaparoscopia;
7. Vagotomia superseletiva ou vagotomia gástrica proximal por videolaparoscopia;
8. Linfadenectomia pélvica laparoscópica;
9. Linfadenectomia retroperitoneal laparoscópica;
10. Marsupialização laparoscópica de linfocele;
11. Cirurgia de abaixamento por videolaparoscopia;
12. Colectomia com íleo-reto-anastomose por videolaparoscopia;
13. Entero-anastomose por videolaparoscopia;
14. Proctocolectomia por videolaparoscopia;
15. Retossigmoidectomia abdominal por videolaparoscopia;
16. Abscesso hepático - drenagem cirúrgica por videolaparoscopia;
17. Colecistectomia com fístula biliodigestiva por videolaparoscopia;
18. Colédoco ou hepático-jejunostomia por videolaparoscopia;
19. Colédoco-duodenostomia por videolaparoscopia;
20. Desconexão ázigos - portal com esplenectomia por videolaparoscopia;
21. Enucleação de tumores pancreáticos por videolaparoscopia;
22. Pseudocisto pâncreas - drenagem por videolaparoscopia;
23. Esplenectomia por videolaparoscopia;
24. Herniorrafia com ou sem ressecção intestinal por videolaparoscopia;
25. Amputação abdômino-perineal do reto por videolaparoscopia;
26. Colectomia com ou sem colostomia por videolaparoscopia;
27. Colectomia com ileostomia por videolaparoscopia;
28. Distorção de volvo por videolaparoscopia;
29. Divertículo de meckel - exérese por videolaparoscopia;
30. Enterectomia por videolaparoscopia;
31. Esvaziamento pélvico por videolaparoscopia;
32. Fixação do reto por videolaparoscopia;
33. Proctocolectomia com reservatório ileal por videolaparoscopia;
34. Cisto mesentérico - tratamento por videolaparoscopia;
35. Dosagem quantitativa de ácidos graxos de cadeia muito longa para o diagnóstico de erros inatos do metabolismo (EIM);
36. Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por ressonância magnética;
37. Coloboma - correção cirúrgica (com diretriz de utilização);
38. Tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico (com diretriz de utilização);
39. Tomografia de coerência óptica (com diretriz de utilização);
40. Potencial evocado auditivo de estado estável - peaee (stead state);
41. Imperfuração coanal - correção cirurgica intranasal por videoendoscopia;
42. Adenoidectomia por videoendoscopia;
43. Epistaxe - cauterização da artéria esfenopalatina com ou sem microscopia por videoendoscopia;
44. Avaliação endoscópica da deglutição (FEES);
45. Ácido metilmalônico, pesquisa e/ou dosagem;
46. Aminoácido no líquido cefaloraquidiano;
47. Proteína s livre, dosagem;
48. Citomegalovírus após transplante de rim ou de medula óssea por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
49. Vírus epstein barr após transplante de rim por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
50. Determinação dos volumes pulmonares por pletismografia ou por diluição de gases;
51. Radioterapia conformada tridimensional - para sistema nervoso central (SNC) e mama;
52. Emasculação para tratamento oncológico ou fasceíte necrotizante;
53. Prostatavesiculectomia radical laparoscópica;
54. Reimplante ureterointestinal laparoscópico;
55. Reimplante ureterovesical laparoscópico;
56. Implante de anel intraestromal (com diretriz de utilização);
57. Refluxo gastroesofágico - tratamento cirúrgico por videolaparoscopia;
58. Terapia imunobiológica endovenosa para tratamento de artrite reumatóide, artrite psoriática, doença de crohn e espondilite anquilosante (com diretriz de utilização);
59. Oxigenoterapia hiperbárica: adequação da diretriz de utilização (DUT) para inclusão da cobertura ao tratamento do pé diabético;
60. Análise molecular de DNA: adequação da diretriz de utilização (DUT) para cobertura da análise dos genes EGFR, K-RAS e HER-2;
61. Implante coclear: adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir o implante bilateral;
62. Pet-scan oncológico: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes portadores de câncer colo-retal com metástase hepática potencialmente ressecável;
63. Colocação de banda gástrica por videolaparoscopia: adequação da diretriz de utilização (DUT) para colocação de banda gástrica do tipo ajustável e por via laparoscópica;
64. Gastroplastia (cirurgia bariátrica): adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir a colocação por videolaparoscopia;
65. Consulta/sessão com terapeuta ocupacional: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes com disfunções de origem neurológica e pacientes com disfunções de origem traumato/ortopédica e reumatológica;
66. Consulta com nutricionista: adequação da diretriz de utilização (DUT) para:
1.a. Crianças com até 10 anos em risco nutricional (< percentil 10 ou > percentil 97 do peso / altura);
1.b. Jovens entre 10 e 20 anos em risco nutricional (< percentil 5 ou > percentil 85 do peso/ altura);
1.c. Idosos (maiores de 60 anos) em risco nutricional ( índice de massa IMC <22 kg/ m);
1.d. Pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica.
2. Cobertura obrigatória de no mínimo 18 sessões por ano de contrato para pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus em uso de insulina ou no primeiro ano de diagnóstico;
67. Definição das despesas a serem cobertas para o acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato, que devem incluir taxas de paramentação, acomodação e alimentação;
68. Definição de que a cobertura das despesas com acompanhante durante o pós-parto imediato devem se dar por 48h, podendo estender-se por até 10 dias, quando indicado pelo médico assistente;
69. Definição de que nos procedimentos da cobertura obrigatória que envolvam a colocação, inserção ou fixação de órteses, próteses ou outros materiais, a sua remoção ou retirada também tem cobertura assegurada
Os 46 milhões de clientes dos planos de saúde no país vão deixar de gastar com tratamentos modernos que não faz parte da cobertura obrigatória .