domingo, 25 de dezembro de 2011

Mudança de Comportamento

Alguns estudos na área de saúde deste ano traz um dado,no mínimo, chocante:no passado, temas como profissionalização da gestão, investimento em tecnologia e padronização dos procedimentos, só  para citar alguns,não estavam entre as prioridades dos gestores de saúde. Hoje, são considerados de boa importância pela maioria dos hospitais.
Esta visão de negócios mais apurada tem aproximado as instituições de saúde das boas práticas de setores mais desenvolvidos da economia. Iniciativas como avaliação de satisfação dos clientes, programas de incentivo aos funcionários, governança corporativa e uso de tecnologia de forma estratégica tiveram seu uso ampliado no mercado hospitalar nos útimos anos.
Porém,para boa parte das instituições , o caminho a percorrer é longo: 25% das instituições não possuem  nenhum tipo de acreditação e 20% estão em processo de adquiri-la, 6% não conseguem manter uma boa ocupação de seus leitos , com índices máximos de 60 % ante 85% considerados idéias pelo mercado, e 25% investem apenas R$ 25 mil por ano em Marketing. Na outra ponta, já há organizações com faturamento superior a R$ 1  bilhão, acreditação  internacional e práticas de governança corporativa consolidadas.
O aquecimento do mercado de assistência médico-hospitalar e a concorrência acirrada, no entanto, devem acelerar as mudanças e estimular o equacionamento destas instituições no que se refere à gestão: é impossível imaginar que um setor que estima crescimento sempre acima da média da economia brasileira vá conseguir obter resultados tão significativos, sem apostar fortemente em profissionalização, controle de custos e busca constante por eficácia e efetividade.
Todos os caminhos apontam para esta direção. Cabe agora aos gestores organizar-se, estabelecer metas e correr atrás dos objetivos, superando os obstáculos já muito conhecidos e discutidos .
Aproveito para desejar um Feliz Natal com muita saúde e esperança que 2012 seja um ano repleto de realizações e sucesso. Agradeço a companhia e parceria de todos que visitaram o blog e que no próximo ano possamos continuar compartilhando os conhecimentos e informações desta área tão complexa mas tão gratificante que é a Gestão de Saúde.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Gestão da cadeia de suprimentos integrada à tecnologia da informação

 
Os hospitais são certamente a forma mais complexa de organização humana que nos propomos a administrar.
Sua complexidade inicia-se pela natureza de sua missão. Tecnicamente, um hospital é um prestador de serviços, mas é grande a distância entre salvar vidas e as outras atividades do setor de serviços.
Por conseguinte, o seu supply chain management (SCM) tem que ser desenvolvido para agregar valores acima da média em relação às outras modalidades de prestação de serviço.
A criticidade da maioria dos medicamentos e materiais geralmente é alta, não sendo permitida a demora na entrega ou mesmo a falta de uma gama de medicamentos que são imprescindíveis para os tratamentos realizados.
A análise das ferramentas de TI disponíveis para a formulação de supply chain management, permitindo uma integração maior com os fornecedores quando necessário, maior transparência, melhores resultados e satisfação dos clientes internos e externos é a chave para alcançar o sucesso pretendido.
Com a maior comunicabilidade proporcionada pelas ferramentas de TI, aumenta a chance de reduzir a desconfiança característica do relacionamento comercial, podendo-se com isso estabelecer um novo paradigma de relacionamento permitindo o estabelecimento do SCM.
Por outro lado, é de suma importância também determinar a eficiência da força do comprador na negociação com os fornecedores, baseados nas cinco forças competitivas de Porter.
As ferramentas de TI determinam uma grande vantagem competitiva na medida em que aumentam a eficiência e a eficácia do SCM.
O leilão reverso pela internet impõe-se como ferramenta de primeira escolha no caso de compras com características de informação estruturada, ou seja, que permitem uma parametrização adequada, pela sua facilidade de implantação, transparência e resultados obtidos, sendo utilizada como parte de uma estratégia que culminará com a implantação plena do SCM.
A utilidade do leilão reverso é primeiramente aumentar a base de fornecedores e, com um conselho gestor, podermos avaliar e escolher com quais fornecedores iremos desenvolver o SCM. Também aumenta a força do comprador num primeiro momento, determinando uma significativa queda dos preços antes do início das negociações. Por último, ter uma plataforma que permita agilidade em compras para as exceções e também, caso tenhamos que rescindir o contrato de SCM, para a troca de fornecedores.
Numa análise do metamercado hospitalar, podemos ter idéia do desafio que é estabelecer rotinas para o desenvolvimento de um supply chain management eficiente nessa área.






A cultura relacional entre fornecedores e hospitais em muitos casos é baseada na desconfiança e controle; em vários casos justificada pela ausência de confiabilidade por parte da rede hospitalar no cumprimento de prazos, qualidade e preços.
As ferramentas da tecnologia da informação impõem-se como fortes aliadas para o sucesso dessa missão.
Com o ferramental de TI, podemos ter planos de ressuprimentos feitos com maior rapidez, compras em tempo curto com preços e prazos melhores e a mesma ou melhor qualidade.
Vantagens competitivas podem ser obtidas por meio do suporte da tecnologia e sistemas de informação, de modo que amplie a capacidade de uma organização em lidar com clientes, fornecedores, produtos e serviços substitutos, e novos competidores no mercado.
A rapidez da evolução é uma forte característica da tecnologia da informação. Em poucos anos foram desenvolvidas várias ferramentas que, isoladas ou em conjunto, auxiliam o supply chain management eficiente.
Pois na gestão da cadeia de suprimentos o foco é a integração de cada componente, com maximização da eficiência determinando maior satisfação do cliente e conseqüentemente o aumento do market share.