quinta-feira, 14 de julho de 2011

TI em Saúde Suplementar‏

José Renato Condursi Paranhos
Novas oportunidades estratégicas no setor de saúde suplementar, tais como o investimento em prevenção e promoção de saúde, a qualificação em mão-de-obra especializada e a abertura do mercado de resseguros, só para citar alguns exemplos, certamente intensificam a preocupação das operadoras com a questão das decisões envolvendo a área de Tecnologia da Informação (TI)

Isto porque é imperativo para a perenidade das organizações que atuam neste mercado que não só sejam adotados modelos de melhores práticas de TI, como também se estabeleça um alinhamento estratégico das funções desta área com o negócio da empresa que visa promover uma sincronização em termos de arquitetura, infra-estrutura, aplicações, processos e organização com as necessidades presentes e futuras do negócio.

A Tecnologia pode ser entendida como o ramo do conhecimento interessado em projetar artefatos e processos, e em normatizar e planejar a ação humana, sua derivação mais moderna, a Tecnologia da Informação, diz respeito ao conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, bem como esses recursos estão organizados num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas.

Já as chamadas TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação expressam modernamente a convergência entre a informática e as telecomunicações.
No campo da atuação das operadoras de planos de saúde, essa homogeneização de conceitos é especialmente importante e fundamental para o processo de interoperabilidade e troca de informações no setor suplementar. Ou seja, a convergência entre as Tecnologias da Informação e Comunicação nunca foi tão necessária neste mercado como atualmente, não só em razão das exigências regulatórias, mas, também, pela própria evolução tecnológica do setor de saúde.

Em saúde suplementar, bem como nos demais setores da saúde pública ou privada, a informática passou por uma evolução da orientação tradicional de suporte administrativo para um papel estratégico essencial ao acompanhamento das transformações regulatórias e mercadológicas.

As organizações serão  mais bem-sucedidas quanto melhor souberem escolher e utilizar a TI de forma apropriada para atingir seus objetivos. E é neste aspecto que o alinhamento estratégico das Tecnologias da Informação e Comunicação no mercado de saúde suplementar é tão relevante, haja vista a complexidade dos desafios com que se deparam os gestores deste setor, diariamente.

Neste sentido, alinhar estrategicamente a TI com o negócio na área de saúde suplementar significa fazer com que ela participe ativamente das soluções econômicas, sociais, tecnológicas, técnicas e comerciais, fundamentalmente:

1. No campo da gestão das operações, através da análise da situação de saúde de sua carteira, mensurando o sucesso das intervenções e o monitoramento e controle da qualidade e dos resultados da assistência prestada por fornecedores de serviços de saúde.

2. No campo econômico-financeiro, com o apoio na determinação do volume de recursos financeiros a ser transferido para cada segmento; na determinação de preço e produto melhores tarifados; na realização de simulações estratégicas nas decisões de estrutura de capital, fusões, aquisições, etc.; e no emprego de ferramentas de apoio à decisão, tais como ERP (Enterprise Relationship Management) e BI (Business Intelligence).

3. No campo da gestão do risco, podemos citar o controle e monitoramento de fraudes e suas complicações; a identificação positiva de beneficiários; a interoperabilidade dos sistemas entre hospitais, clínicas e operadoras; e a padronização de sistemas de informação com emprego de ferramentas especiais, como por exemplo, o PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente).

Em linha com as necessidades atuais de integração da TI com a sustentabilidade dos negócios no setor que opera planos privados de assistência à saúde no Brasil, ainda há muito que ser feito, sobretudo no que diz respeito, inicialmente, à própria especialização dos profissionais de informática no segmento de saúde suplementar, terreno fértil para a geração de soluções e de valor para as organizações que têm na Tecnologia da Informação a base para o seu desenvolvimento sustentado

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