domingo, 22 de maio de 2011

CUSTEIO UTILIZADOS PELOS HOSPITAIS

por José Renato Condursi
A gestão de custos em qualquer tipo de organização é apresentada como um
Instrumento gerencial fundamental para o controle dos recursos da mesma, sejam eles
financeiros, materiais ou patrimoniais. Nos últimos anos, as entidades públicas e privadas
passaram a investir cada vez mais na tecnologia da informação e na gestão da qualidade, a fim de garantir sua própria sobrevivência. Em virtude de tais investimentos, os custos dessas organizações cresceram, especialmente os custos indiretos, de tal maneira que o seu controle virou um elemento estratégico para as empresas. O mercado da saúde não escapou desse cenário. O Brasil é um dos países do mundo que mais gasta com saúde. Não é de estranhar, portanto, a ênfase crescente no campo de controle de custos nesta área.
Mas como será que a contabilidade de custos vem sendo operacionalizada na área da
saúde? Sabemos que o tema não é novo, os primeiros estudo no Brasil sobre custos na área da saúde datam do início da década de cinqüenta.Mesmo na área empresarial, forma poucos os estudos sobre como as empresas estão calculando seus custos no Brasil. A maior parte das publicações especializadas sobre custos, durante os últimos cinco anos, aborda o tema sobre o prisma da importância e da aplicabilidade do custeio ABC na área hospitalar. Mas qual será a realidade dos hospitais brasileiros? Qual a experiência dos hospitais com a utilização do custeio baseado em atividades: Custos ABC?
Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada.
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só
os de produção aos bens elaborados, e só os de produção: todos os gastos relativos
ao esforço de fabricação são distribuídos para todo os produtos feitos.
Todavia, ao longo do tempo, o sistema de custeio por absorção
demonstrou algumas falhas na sua utilização para afins gerenciais, dentre elas a
desconsideração ou falta de distinção clara entre custos fixos e variáveis. Estes são elementos de custos importantes no controle de produtividade e precificação do produto.
Custeio Pleno o método de custeio pleno é aquele em que todos os custos e despesas de uma entidade são levados aos objetos (produto e/ou serviços) de custeio, com base em rateios.O método de custeio Integral é um sinônimo do Método de Custeio Pleno.  Além disso é muito comum algumas pessoas se referirem ao custeio pleno como custeio por absorção total. O custeio por absorção total é como uma metodologia de custeio onde todos os custos e despesas operacionais são rateados às unidades individuais de serviços.
O Método de Custeio Pleno é mais conhecido como RKW. A sigla representa as
iniciais de um antigo conselho governamental par assuntos econômicos (Reinchskuratorium
fuer Winrtschaftlichtkeit) que existiu na Alemanha.
Custeio Variável embora os estudos do custeio Direto/Variável tenham sido iniciados entre 1905 e1935, o primeiro artigo relevante que divulgou de forma sistemática o Custeio
variável e suas vantagens foi o de Jonathan N. Harris, intitulado: “What did we earn
last month?” (O que lucramos no mês passado Mas, somente a partir dos anos 50 é que o Custeio Direto começou a receber atenção por parte dos pesquisadores e empresas como instrumento útil e relevante para tomada de decisões.
No custeio variável somente os custos variáveis são alocados aos produtos ou
serviços, uma vez que os custos fixos são considerados despesas do período, tendo seus
valores alocados diretamente ao resultado.
O Custeio Variável é também chamado de Custeio Marginal ou ainda de Custeio Direto, visto que os custos variáveis, na sua maioria, são diretos. Em razão da obrigatoriedade
legal de uso do Custeio por Absorção, o Custeio Variável é geralmente utilizado para fins
gerenciais, como ferramenta de auxilio a administração para tomada de decisões.
Custeio ABC um sistema de custeio divulgado recentemente, especialmente no Brasil, o
sistema ABC é um custeio por absorção, mas o objeto de custeio não é o produto, e sim as atividades envolvidas na produção do produto ou na prestação de algum serviço.
O custeio baseado em atividade – ABC é uma metodologia que mensura o custo e
o desempenho de atividades, recursos e objetivos de custeio. Os recursos são
atribuídos às atividades que são, na seqüência, atribuídas aos objetivos de custeio.
O custeio por atividade reconhece a relação causal existente entre os geradores de
custos e atividades.
O ABC é um método de ratear os custos de um negócio de departamento para as
atividades realizadas e de verificar como estas atividades estão relacionadas para a
geração de receitas e consumo dos recursos.
O custeio ABC é adequado para organizações complexas, em que os produtos
consomem os recursos de forma muito heterogênea. As entidades hospitalares parecem ser bons exemplos desse tipo de organizações.
Os benefícios do ABC são muitos obtidos com o custeio :
•Melhoria das decisões gerenciais, pois se deixa de ter produtos
“subcusteados” ou “supercusteados”;
•Facilita a determinação dos custos relevantes;
•Permite que se tomem ações para o melhoramento continuo das tarefas de
redução dos custos dos “overhead”.
• Maior exatidão nos custos de produtos;
• Determinação dos custos de serviços;
• Determinação dos custos de clientes;
• Identificação dos custos por mercado e/ou de canais de distribuição;
• Determinação dos custos de projeto;
• Determinação dos custos de contratos;
• Determinação dos produtos, clientes ou canais a serem focalizados;
• Acompanhamento da rentabilidade de produtos, canais de venda, clientes, etc;
• Apoio para a mensuração da análise do valor econômico agregado – Eva (do
inglês Economic Value Added);
• Apoio para negociação de contratos;
• Apoio para aumentar a receita, ajudando os clientes a entender as reduções de
custo como conseqüência da utilização de seus produtos e serviços;
• Apoio para custo-alvo;
• Apoio para benchmarking;e
• Determinação do montante de serviços compartilhados.

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