sábado, 4 de junho de 2011

PLANEJAMENTO EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE

por José Renato Condursi
Enquanto o médico, para curar o doente, deve conhecer a anatomia humana,a liderança,para construir elos entre as estratégicas organizacionais e o trabalho das equipes, precisa de um diagnósticos dos problemas que afetam o desempenho da organização.
Entretanto,a transferência desta forma sistêmica de pensar para as organizações de saúde tem sido uma tarefa árdua.Há muito a atuação organizacional vem sendo norteada por fundamentos que advogam um modo de olhar que valoriza a departamentalização.
Em função disso,a busca do alinhamento entre o desempenho humano e o organizacional , que impõe o abandono da lógica mecanicista ,se constitui como barreira porque a burocratização e hierarquia excessiva paralisam as pessoas e as áreas,dificultando a integração e o alcance dos seus resultados.
Ilustrando,expressões como as que se seguem são comuns nas organizações da saúde:
Isto não é prblema da minha área!
Isto não é comigo, é com fulano!
Eu fiz a minha parte, eles é que não executaram a parte deles!
Os pressupostos de modelos sistêmicos caracterizam-se por posturas distintas ao buscarem soluções adequadas para problemas específicos.A lógica sistêmica defende a idéia de que o todo é resultante da integração de partes interconectadas visando estimular uma atuação organizacional integrada.
Á semelhança de qualquer sistema vivo,as organizações fundamentadas nesta lógicas interagem com o meio ambiente que as cerca. Esse caráter interativo requer um avaliação permanente das partes,que são interdependentes .
A principal vantagem é o favorecimento da obtenção de patamares sustentados de excelência em razão da integração entre as estratégias formuladas para a concretização da visão e as metas empresariais,das equipes e das pessoas.Nessa perpectivas,o processo de gestão de desempenho que se propõe a contribuir para a efetividade organizacional,ou seja, para excelência, deve ter como ponto de partida a sastisfação do cliente externo,ou seja, do cidadão.
Além disso, a gestão estratégica do desempenho evita problemas,tais como a execução repetida de atividades(retrabalho) e a existência de vácuos ou períodos ociosos,nem sempre percebidos de antemão.Mas como planejar o trabalho de cada um de modo adequado?Quais os principais cuidados de delegação de tarefas?
Inicialmente, é preciso manter presente a idéia de que estratégias adequadamente formuladas traduzem necessidades do cliente externo(se estivermos gerenciando um hospital privado)ou do cidadão(caso estejamos atuando em uma instituição pública de saúde).
Os esforços devem ser direcionados á transformação dessas prioridades estratégicas em objetivos e metas tantos grupais quanto individuais.No entanto,além da adequada condução técnica para viabilizar o referido desdobramento,não se esqueça de quanto mais você definir metas de modo compartilhado com os executantes,maior é a possibilidade de eles se esforçarem visando ao seu alcance.Posturas gerenciais autoritárias freqüentemente criam uma espécie de barreira,que dificulta ou mesmo impede o comprometimento com o trabalho.
Outro ponto importante em relação a esta etapa de planejamento do trabalho é a inclusão de sinalizadores explícitos,quer dizer,indicadores que demonstrem com nitidez se a evolução das metas se encaminha para a direção desejada.

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