segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA ONA

No Brasil, o usuário ainda faz a escolha do hospital, clínica ou laboratório em função da cobertura do seu plano de saúde. Outros critérios comuns são a facilidade de acesso ou a indicação de um amigo ou familiar. Mas estes não são critérios ideais, pois não se baseiam na qualidade ou segurança dos serviços prestados.
Não existe estatística nacional que compare os números referentes a qualidade dos serviços de saúde, mas a estimativa é de que são feitas 4 milhões de internações anualmente nos hospitais privados e 11 milhões no SUS. Desses pacientes, 48% sofrem de complicações que poderiam ser evitadas se fossem observados os protocolos de segurança do paciente, um dos princípios orientadores dos manuais de acreditação. Em um dos hospitais privados acreditados pela ONA – Organização Nacional de Acreditação, por exemplo, o índice de infecção hospitalar, em uma das UTIs, passou de 7% para menos de 1% em menos de dois anos. Na mesma instituição, a pneumonia associada a ventilação mecânica, caiu de 9% para 2% no mesmo período.
Poucas pessoas sabem o significado da acreditação, mas as próprias instituições de saúde começam a perceber que além de oferecer um serviço diferenciado, com maior qualidade e segurança para seus usuários, também são beneficiadas com a melhora da reputação no mercado e com a redução de despesas decorrentes de práticas erradas.
A redução de problemas causados por erros médicos é um dos principais resultados da acreditação  , um mecanismo que estimula o aprimoramento constante dos processos, com o objetivo de garantir a qualidade na assistência à saúde  pois os manuais do Sistema Brasileiro de Acreditação focam principalmente a segurança do paciente. Dessa forma, o processo de acreditação de um serviço de saúde promove um controle maior dos riscos clínicos e não clínicos, e uma maior qualidade dos serviços prestados.
O selo é uma indicação de que a instituição segue uma padronização e se preocupa com a qualidade em tudo o que faz para evitar a ocorrência de danos à saúde. Sua obtenção é uma consequência da conformidade com os padrões definidos pela metodologia da acreditação. Além disso, a renovação periódica da acreditação, geralmente em torno de dois anos, é uma garantia de que existe um controle de qualidade sobre os serviços certificados, que devem estar sempre se aprimorando para alcançar níveis cada vez mais avançados de certificação.
Embora a acreditação seja uma opção voluntária dos serviços de saúde, temos o exemplo da iniciativa do Ministério da Educação, com a criação do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários que estabeleceu a acreditação como meta para as instituições dessa natureza a partir de 2010. A preocupação se justifica: um estudo realizado há cerca de 10 anos chegou a conclusão que ocorre uma morte a cada 200 internações e isso acontece principalmente por falha humana ou por infecção hospitalar.
Os erros médicos ocorrem por diversos motivos: excesso de carga de trabalho falta de capacitação de colaboradores, quadro de funcionários não compatível com a demanda do serviço, sistematização de processo que não pressupõe ações de segurança na assistência, ausência de organização e formalização dos processos de trabalho.
As principais ocorrências apontadas em trabalhos nacionais e internacionais são relacionadas a cirurgia em parte errada do corpo, erros de medicação, erro nos resultados de exames, falhas de equipamento ou  engano do tipo de sangue durante a transfusão. Para evitar que aconteçam a instituição precisa estabelecer processos de trabalho que funcionem como verdadeiras barreiras a essas ocorrências.
 Sabe-se que o ser humano comete erros, cabe ao processo estabelecer formas de reconhecê-los antes de que seja causado dano ao paciente.” Entre esses procedimentos ela cita alguns exemplos: definir sistema de checagem do local ou membro a ser submetido a procedimento cirúrgico por mais de um colaborador, em diferentes momentos que antecedem à cirurgia; perguntar o nome ao paciente antes da infusão de medicamentos; realizar a verificação de ausência de alergias por mais de um profissional; definir pela manutenção preventiva periódica de todos os equipamentos do serviço de saúde e realizar testes de qualificação sistemáticos dos equipamentos laboratoriais. 
A profissional da ONA explica que a acreditação tem uma série de padrões de qualidade exigidos, o que permite a organização do serviço, a definição, otimização e controle  dos processos internos, além de incentivar boas práticas e promover a definição de protocolos assistenciais, ratificando um modelo de gestão e permitindo a melhoria evidente dos resultados.
Os procedimentos, recomendações e exigências são estabelecidas em cada nível da certificação, O Nível 1 Consiste na existência de processos que procuram garantir a segurança do paciente. O Nível 2 - Gestão integrada, envolve o acompanhamento das barreiras de segurança definidas, dos principais processos desenhados e dos protocolos implantados. Deve existir uma análise crítica dos controles de processo e análise de resultados, assim como de processos e de protocolos assistencias, com o estabelecimento de planos de ação e de melhorias. Neste nível a interação entre os setores deve ser evidenciada.
O terceiro estágio obtido na acreditação é o Nível 3 - Excelência em gestão isso ocorre quando a instituição já incorporou o acompanhamento e a análise crítica de processos e resultados assistenciais e os ciclos de melhoria acontecem de forma sistemática. As informações são utilizadas para as tomadas de decisão e as diversas áreas trabalham alinhadas ao planejamento estratégico da instituição.Os padrões estabelecidos para os três níveis são de complexidade crescente e correlacionados, de modo que, para se alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores devem ser totalmente atendidos.
Na busca da segurança do paciente, a iniciativa da ONA é muito importante primeiro por que considera o perfil nacional das instituições e suas especificidades regionais e de financiamento, sem comprometer a qualidade e validade da metodologia. Por se propor a ser um processo educativo, o Sistema Brasileiro de Acreditação possui níveis a serem alcançados ao longo do processo de acreditação, sendo este um fator de estímulo para a organização de saúde na busca pela melhoria contínua. Outro fato relevante é da metodologia não ser prescritiva, ou seja, ela não define método. Cada instituição deve encontrar a melhor forma de cumprir os padrões exigidos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Encontros de Saúde Corporativa 2011

Encontros de Saúde Corporativa 2011: Três eventos sequenciais, com palestrantes internacionais e brasileiros, que acontecem no auditório do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (à Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69). Veja as datas e reserve já sua agenda. .
Acesse http://www.cph.com.br/

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Avaliação de desempenho na Gestão de Estoque

José Renato Condursi Paranhos
A avaliação de desempenho é uma atividade permanente e fundamental, não só para a
Gestão de Estoque como para qualquer outra função.
Através dos índices de avaliação podemos aferir a qualidade e efetividade das nossas
ações, verificar o cumprimento dos objetivos e metas e analisar se a evolução dos níveis
de estoques é compatível com as diretrizes da Política de Estoques.
O acompanhamento dos indicadores permite a correção de disfunções observadas e é
uma das informações principais para a gerência manter constantemente atualizado o
Planejamento do Suprimento, identificando a necessidade de revisão de metas e até a
adequação dos objetivos determinados.

INDICADORES

a - Rotatividade dos Estoques (giro)
Número de vezes que o estoque é renovado em um período de tempo. Deve ser
calculado para:
- estoque global (índice principal)
- estoque de demanda probabilística
- itens de maior valor de consumo

b - Cobertura dos Estoques
Número de períodos de tempo que estoque médio atende ao consumo médio
calculado. Deve ser calculado para:
- estoque global
- estoque de demanda probabilística
- ítens de maior valor de consumo

c - Nível de Serviço
Grau de atendimento das demandas.
→ deve também ser explodido por nível de criticidade
→ alternativamente, medir o nível de atendimento por cliente

d - Tempo de Antecipação de Estoque (TAE)
Intervalo de tempo entre a data em que o material é colocado à disposição do usuário
e sua data prevista de utilização.
Administração de Materiais e Qualificação de Fornecedores em Saúde
35

e - Tempo de Permanência sem Utilização (TPU)
Intervalo de tempo em que o item adquirido é mantido em estoque após a sua data
prevista de utilização.

f - % Itens sem consumo
Percentagem da quantidade de itens e valor do estoque sem movimentação para
consumo a n períodos de tempo.
g - Outros indicadores
→ valor do reaproveitamento de materiais inativos



QUADRO DE SITUAÇÃO
Valor dos estoques
  • · Total
  • · Ativo/Inativo
  • · Sem Consumo
  • · Por Unidades formadoras
Valor das Compras
  • · Para estoque
  • · Consumo direto
  • · Por metodologia de compra
Valor de Transferências
  • · Recebidas
  • · Expedidas
Valor das Alienações
  • · Receitas
Custos de Suprimento
  • · Custo Agregado de Compras
  • · Custo Agregado de Manutenção de Estoques
  • · Taxa de Custo de Estocagem
  • · Custo Operacional Agregado

domingo, 11 de setembro de 2011

Gestão da Logística de Suprimentos

José Rento Condursi Paranhos
Uma boa Gestão da Logística de Suprimentos tem um forte impacto num hospital. Numa altura em que se fala tanto na importância de se eliminar desperdícios na Saúde, a Gestão da Logística de Suprimentos pode ter um papel decisivo na gestão desses desperdícios.
Com as novas tecnologias da informação, os hospitais estão a modernizar os sistemas em Gestão da Logística de Suprimentos.
Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminui.
Sendo as atividades de suprimento de cada segmento de mercado,e até no nível de cada empresa,seguem alguns pdrões determinados pelas características dos negócios,da competividade do segmento,dos valores envolvidos,da reprensentividade dos custos de suprimento no custo total e das consequencias e importância do processo de suprimento pra desenvolvimento das atividade-fim das organizações.
A atividade de suprimento em hospitais não possui referenciais de organização e estruturação funcional que permitam a execução do projeto de avaliação do estágio da atividade simplesmente adotando uma linha fundamentada em modelos já disponíveis no mercado,que não significa que não seja relevante.
Há desensores da tese que  logística só é importante para empresas de manufatura.Entretanto, a logística é um componente importante nas operações de qualquer tipo de empresa,como varejista,atacadistas e outros prestadores de serviços.
A Gestão da Logística de Suprimentos em Organizações Hospitalares explicita e define todas as atividades necessárias,agrupadas em processos,que permitem um visão integrada da Logística de Suprimento,e que, se executadas adequadamente,garantem o atendimento das necessidades de materiais em Organizações Hospitalares.
Para cada processo,define os objetivos que justificam a sua existência na Logística de Suprimento, identifica as atividades básicas associadas e indica as melhores práticas de cada função,que representam os fatores críticos de sucesso.
A missão da Logística de Suprimentos é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo baixo possível,sendo o elo de ligação entre o mercado e as atividades operacionais,promovendo a integração interna e externa.O desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos de modo a alcançar os objetivos do negócio.
A missão do sistema logístico deve ser avaliada em termos de custo total e desempenho operacional.A avaliação do desempenho diz respeito à disponibilidade de destoque,a capacitação operacional e à qualidade do trabalho executado.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O desafio da Gestão do Estoque hospitalar

José Renato Condursi Paranhos
A gestão dos estoques compreende o planejamento e a programação das necessidades e o controle dos materias que são adquiridos e armazenados para utilização futura,a fim de atender as demandas de usuários diversos. Trata-se de uma função que adiciona o valor de tempo aos negócios de uma organização,sendo de importância crucial para uma organização hospitalar,na qual esse valor é essencial.
O atendimento das necessidades de material dos clientes do suprimento é realizado,de modo geral, de duas forma:
  • Obtenção do material;
  • Uso do estoques existentes.
A situação ideal seria aquela em que não houvesse necessidade de formar estoques,que representam imobilização de capital circulante.Entretanto,o mercado fornecedor, na grande maioria das vezes, não pode atender de forma imediata ás necessidades de seus clientes.Assim, a manutenção de estoques dos materiais necessários ao atendimento das demandas é imprescindível para evitar paralisação das atividades operacionais que gerem prejuízos ou comprometam a segurança de pessoas e do meio ambiente.No ambiente das organiazações que lidam com saúde ,os estoques são elementos essencial no atendimento dos pacientes.Incluem-se aí estoques de todos os tipos de materiais ,desde medicamentos até itens de uso comum e baixo custo,como algodão,por exemplo.
A gestão dos estoques pode ser definida como a função responsável pelo planejamento,previsão,controle da formação,manutenção e demobilização de estoques,de acordo com os níveis de investimentos e de serviço estabelecidos na política de suprimento de uma organização.
O desafio da gestão de estoques é portanto,conseguir o equilíbrio entre a necessidade de minimizar os dispêndios em estoques e ,ao mesmo tempo,garantir a satisfação do cliente, atendendo suas necessidades de forma adequada.