José Renato
Condursi Paranhos
Os hospitais
historicamente a expressão mais visível das políticas de saúde em todo o mundo
nasceram segundo o modelo medieval, com objetivos humanitários e
fudamentalmente religiosos, transforamando-se, ao longo do tempo,nas
organizações empresariais complexas que hoje conhecemos(Hummel,2006).
Ao longo das
últimas décadas,os hospitais deixaram de ser o exclusivo centro de investigação
diagnóstica,cuidados e terapêutica,passando a compartilhar a prestação dos
serviços em saúde com outros agentes, tais como laboratórios,empresas de home
care, clínicas de investigação por imagem e, mais recentemente, os serviços de
cirurgias de baixa complexidade, denominados de day clinics, além de serviços
de acompanhamento de pacientes.
A partir da
descentralização dos serviços passou-se a enfrentar um grande desafio com com a
explosão e mudança do perfil demográfico da população mundial,que provocou o
surgimento de uma nova situação desconhecida até 50 anos atrás: o
envelhecimento da população mundial, aliado à identificação de inúmeras doenças
e disfunções.
Este é um
fenômeno recente e o mais instigante desafio para a medicina do futuro. Como
tratar a montanha de doenças crônicas surgidas junto com o envelhecimento que,
inevitavelmente,acometerá grande parte da população mundial?
Para responder
aos desafios relativos à organização dos serviços em saúde para esta nova
realidade, o modelo atual deve ser modificado e adequado ao novo perfil
demográfico.
Para que o
sistema sobreviva,os serviços de saúde terão que rever seus modelos de
assistência e concentrar o foco no paciente.
Este é o
grande desafio: deslocar a atenção da doençs para o paciente, fazendo com que
seja permanentemente monitorado, por intermédio das modernas ferramentas de
gerenciamento da saúde, incluindo as já disponíveis pela internet. Entre elas o
registro pessoal do paciente,oferecido sem qualquer custo por diversos sites de
busca,como , por exenplo, o Google Health, o que poderá otimizar o atendimento
ambulatorial e agilizar os atendimentos de emergência, especialmente fora do
domicílio do paciente.
É com este
olhar ao paciente que poderemos responder aos desafios frequentemente presentes
na maioria dos sistemas de prestação de serviços em saúde, públicos ou
privados,que fazem emergir inquietações,entre elas,como fornecer cuidados de
saúde a toda população ? Como financiar o sistema?como estabelecer diretrizes e
controles? Qual é a melhor forma de execução? Como compatibilizar qualidade com
sustentabilidade?
Pertinente seu artigo José Renato, eu penso que assistência a saúde é efetivamente um dos grandes desafios que teremos que superar e o fator principal no qual gostaria de colaborar com sua reflexão diz respeito à mudança climática que certamente afetará o sistema de saúde, novas doenças surgirão e algumas que hoje estão concentradas em determinados locais certamente irão migrar. Adaptação e evolução do sistema para atender uma nova demanda de pessoas cada vez mais informadas e exigentes é o desafio na agenda dos gestores e grupos de interesse da área de saúde.
ResponderExcluirExtremamente relevantes e atualizadas as colocações. Imagino que nosso modelo de saúde passará por um intenso processo de modificações devido a seu custo cada vez mais elevado para todos stake-holders. Ações voltadas a prevenção utilizando ferramentas on/offline podem auxiliar na diminuição da necessidade de internações, aliviando todo o sistema de saúde.
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