terça-feira, 16 de agosto de 2011

"Acreditação em Saúde" de excelência e qualidade não são obtidas apenas por atos, mas por hábitos.


Com 13 anos de funcionamento, o Hospital Geral Barra D’Or, instituição privada instalada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é considerado pelos especialistas como um exemplo de sucesso entre os hospitais acreditados. Um dos resultados concretos obtidos após a adesão aos protocolos estabelecidos pela acreditação foi a diminuição dos indices de infecção e também foi observada melhora de resultados clinicos com menor tempo de internação. Com isso o gasto do paciente em termos financeiro teve uma diminuição na ordem de 40%.
Esse é um dos exemplos dos resultados das boas práticas adotadas pelo Barra D’Or. O processo de acreditação teve início em 2005 e hoje o hospital conta com a certificação da ONA, Nível 3, além da International Accreditation Canada, ambas revalidadas no ano passado. Segundo sua diretora geral, Martha Savedra, independentemente da certificação, o que o hospital está buscando é o aprimoramento dos processos e sua revisão constante, com o objetivo de garantir qualidade de assistência e, consequentemente, diminuir os riscos para os pacientes.
“A acreditação hospitalar não está validando um produto final, mas as boas práticas médicas, o controle interno, além de verificar se existe um modelo de gestão comprometido com isso, de forma a aumentar a possibilidade de bons resultados finais e de garantir a segurança do paciente”, analisa a médica. “O que se busca com a certificação é melhorar a qualidade e a segurança dos serviços prestados”.
Na sua avaliação, excelência e qualidade não são obtidas apenas por atos, mas por hábitos que devem ser consolidados a partir de uma cultura estabelecida pela instituição acreditada. “Em síntese, é isso que a certificação faz: a instituição acreditada está o tempo todo tentando melhorar seus índices e isso envolve desde o funcionário da limpeza até o neurocirurgião mais renomado. Ou seja, a gestão de qualidade para se obter e manter a acreditação hospitalar tem que ser multiprofissional e não o trabalho de uma pessoa só”, resume Martha Savedra.
A partir do controle e acompanhamento de todas as práticas estabelecidos pelo modelo de gestão, segundo ela, um hospital acreditado tem a capacidade de conhecer a epidemiologia do seu paciente e desenhar protocolos específicos para esses atendimentos. “Se o perfil da clientela é de idosos, por exemplo, provavelmente haverá uma maior incidência de problemas respiratórios e é preciso focar a atenção na prevenção de complicações comuns nesses pacientes, entre as quais a infecção hospitalar,” ensina a dirigente do Barra D’Or. “Isso é possível com a criação de uma cultura que busque a melhora continua do atendimento, o aprimoramento dos processos e o monitoramento constante dos procedimentos, resultando também na racionalização dos recursos e na melhora da relação custo-benefício.”
O melhor desempenho não beneficia apenas o hospital mas se reflete também nos custos para o paciente que, com menos tempo de internação, gastará menos com o tratamento. “O importante é enraizar o conceito de que todos ganham com isso”, avalia a médica. “É bom para o paciente, para a instituição, para o profissional e para a medicina, na medida que se reflete positivamente no serviço prestado com conhecimento e segurança na aplicação de novas práticas.”
No caso do Barra D’Or, Martha Savedra confirma os bons resultados apresentando números que demonstram a redução das ocorrências de infecção hospitalar e outras complicações, conforme gráficos ilustrativos. “Quando você cria protocolos e estabelece metas, buscando mecanismos para isso, melhora a qualidade na assistência e também obtém redução de gastos, inclusive com UTI, na medida que evita agravamento do quadro do doente”,

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